História de Riba de Ave

S. PEDRO DE RIBA DE AVE

Situada na margem esquerda do rio Ave, Riba de Ave localiza-se no concelho de Vila Nova de Famalicão, possuindo uma área de 2,83 km² e uma população de aproximadamente 3500 habitantes.

O topónimo encontra-se associado à situação geográfica em que se encontra, constituído por dois vocábulos, um de origem latina “riba”, que significa “margem” e outro de origem celta “ave” existente desde os primórdios da península ibérica, ligado à designação de “curso de água”.

Durante os primeiros séculos de existência, pouco mais foi do que um pequeno lugarejo, perdido no Vale do Ave. Durante o século IX, Riba de Ave fazia parte de uma região alti-medieva denominada “Ripa Ave” que mais tarde evoluiu para “Riba D´Ave”.

A primeira referência como freguesia surge durante as Inquirições de 1220 sob o nome de “Sancto Petro de Inter Ambas as Aves” e um pouco mais tarde, nas Inquirições de 1258, surge outra referência à sua Igreja, como “Eclesi Sancti Petri Ripe Ave”.

Em plena Idade Média, Riba de Ave pertenceu às Terras de Vermoim, integrada numa região que, a partir de 1410, passou a fazer parte aos domínios do 8.º Conde de Barcelos, filho bastardo do Rei D. João I.
Em 1550, aparece uma nova referência à freguesia em consequência de uma disputa de terras entre o beneficiário da igreja local e os párocos de Serzedelo e Guardizela em consequência da delimitação entre freguesias. De entre todas as freguesias da região, Riba de Ave é a única que mantém a toponímia original.

Com a criação do concelho de Vila Nova de Famalicão, em 1834, Riba de Ave foi incorporada no seu território e cerca de cinquenta anos depois era vista como uma das freguesias com maior potencial económico.

Com efeito, a indústria têxtil mecânica em Riba de Ave iniciou-se em 1896, data em que Narciso Ferreira (1862-1933) substituiu os teares manuais dos seus começos para encetar pela manufatura de tecidos em moldes modernos. Mas ainda antes da mecanização já existia uma indústria antiga de tecelagem manual de pano de linho e artefactos de lã como tapetes e mantas de cama, uma das razões que levou Narciso Ferreira a radicar-se em Riba de Ave. A outra terá sido a existência, no lugar da Ponte, de uma fiação de lã, propriedade do Barão da Trovasqueira e a quem José Augusto Vieira faz alusão no seu “Minho Pitoresco” (1887), dizendo que nela trabalhavam doze operários, sendo a sua produção de lã fiada destinada às fábricas de calçado de liga do Porto e a particulares da localidade que exerciam a indústria doméstica.
Pela mão de Narciso Ferreira, Riba de Ave foi uma das primeiras freguesias do país a beneficiar de eletricidade e a possuir iluminação publica, algo que ajudou no seu pioneirismo na indústria têxtil mecânica. A fábrica-mãe, a Sampaio, Ferreira & Cia. Lda, teve um grande sucesso e empregou um grande número de habitantes da freguesia durante muitos anos, tendo-a levado a um aumento exponencial da população.

Depois de Narciso Ferreira também os seus descendentes continuaram o desenvolvimento de Riba de Ave, graças aos benefícios económicos que resultaram das fábricas. A eles se ficaram a dever a construção do hospital, da escola primária, do quartel dos bombeiros, do mercado municipal, do teatro Narciso Ferreira, da estalagem São Pedro, dos CTT, do posto da GNR e de tantos outros contributos que ainda hoje perduram na memórias de todos e fazem parte do património e identidade desta Vila.

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